ESTATÍSTICA
Nos últimos 25 anos, o estado do Amazonas tem enfrentado um aumento preocupante nos casos de feminicídio, refletindo um cenário alarmante de violência de gênero.
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VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
NÚMEROS
A violência contra a mulher é uma das formas mais cruéis de violação dos direitos humanos. Ela se manifesta de várias formas — física, psicológica, sexual, patrimonial e moral — e atinge mulheres de todas as idades, classes sociais, raças e religiões. É uma violência silenciosa, muitas vezes invisibilizada, que destrói vidas e famílias. No cerne dessa violência está o machismo estrutural, que alimenta o controle, o silenciamento e a eliminação de mulheres simplesmente por serem mulheres. Combater essa realidade exige políticas públicas eficazes, educação para a igualdade e a responsabilização dos agressores.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada três mulheres no mundo já sofreu algum tipo de violência física ou sexual ao longo da vida, geralmente por um parceiro íntimo. A violência de gênero é uma pandemia silenciosa, afetando mais de 736 milhões de mulheres globalmente.
O Brasil está entre os países com maior número de feminicídios no mundo. A cada 6 horas, uma mulher é assassinada por ser mulher. Entre 2015 e 2024, mais de 11 mil casos de feminicídio foram oficialmente registrados. A impunidade, a naturalização da violência e a falta de estrutura para acolher vítimas agravam o problema.
Entre 2016 e 2024, o Amazonas registrou 139 feminicídios, refletindo uma realidade preocupante na região Norte. Em 2024, foram 23 casos, número alarmante para um estado com grande extensão territorial e dificuldades de acesso a políticas públicas. Manaus, capital do estado, chegou a registrar 90 dias sem feminicídios em 2025 — um avanço pontual, mas que ainda não reflete uma mudança estrutural.
Não é ciúmes, não é amor — é feminicídio. Toda vez que o silêncio vence, mais uma mulher morre.
Leonardo Câmara
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